Apliquei estas florzinhas de feltro em uma toalhinha de rosto.
Essa toalha já foi para o meu enxoval...rs.
Beijos!! :)
Tantos anos depois, eu tive a oportunidade de conhecer São Thomé. E o destino quis que eu fosse com meu namorado. Foi perfeito! A paisagem realmente é maravilhosa. Não conhecia o sul de Minas. Cada pedacinho da viagem foi incrível. Ver as montanhas em uma mistura de verde claro e escuro em contraste com o céu azul cheio de nuvens. Lembrar da infância ao tentar imaginar desenhos nas nuvens... que sensação boa! As vacas e os bois no pasto, as flores, as árvores, as plantações de milho, café, trigo e até de girassóis. Lindo demais!
São Thomé das Letras é conhecida pelo misticismo. Há lendas de que a Gruta do Carimbado leva até a cidade peruana Machu Picchu. Dizem também que óvnis passam bem perto dali, devido à altitude: 1.440m acima do nível do mar. Os gnomos também passeiam por lá. Além disso, a cidade encanta pela paisagem natural, pelos prédios históricos, pelas grutas e cachoeiras, trilhas e esportes radicais. O artesanato tão criativo.A hospitalidade e a tranqüilidade. Lá você esquece de tudo! E o tempo simplesmente não passa!
Mas por quê São Thomé das Letras? Nesta região, há extração da pedra São Thomé, um tipo de quartzito. Pedra muito utilizada para construção de piscinas por ser antiderrapante e não soltar lascas. E Letras, deve-se às pinturas rupestres encontradas na Gruta São Thomé e também da imagem do santo.
Como a pedra São Thomé é abundante, praticamente todo o artesanato típico da cidade é feito com esta matéria-prima. Miniaturas da Casa da Pirâmide são encontradas a cada esquina no valor médio de R$ 2,00, acreditem! Além das miniaturas de pedra, encontrei também artesanato em feltro. Infelizmente, como não tive autorização, não pude fotografar os trabalhos. Vi móbiles e muitas camisetas infantis bordadas com feltro. Um trabalho lindíssimo e muito caprichoso. Estes trabalhos custam em média R$ 20,00. Achei um preço muito baixo, devido à perfeição do corte e dos pontos! Uma obra de arte, definitivamente!
E tem mais: pra quem gosta de cozinha mineira vai se deliciar! Na roça, como disse o Seu Antonio, dono da hospedaria onde fiquei, você encontra a deliciosa refeição mineira: frango frito, couve, torresmo, tutu de feijão, arroz branquinho e mandioca frita! Uma delícia! Outra coisa boa da região é a pizza na pedra!!!
São Thomé das Letras ficou na minha lembrança como um dos lugares mais lindos que conheci. E já estou com vontade de voltar. Quem sabe daqui a uns 4 anos...rs!
Onde fiquei: Hospedaria Nascer do Sol
Av. Nossa Senhora do Rosário, 16 – Centro
Telefone: 35 3237-1310
Onde comi:
Restaurante Fazenda Boa Vista (comida mineira)
Restaurante Ximana (pizza na pedra e prato feito)
Restaurante das Magas (pizza na pedra e pratos diversos)
Para mais informações sobre a cidade, visite o Portal São Thomé das Letras.
Beijos!
Pra quem gosta de ler, é uma gracinha até para presentear!
Para fazer este, basta cortar dois pedaços de feltro no formato desejado. Escolha o desenho para enfeitar, corte e aplique no pedaço frontal. Feche com ponto de casear apenas em cima e do lado direito.
O molde do joaninha é este:
Pronto! Rápido e muito fácil de fazer!
Beijos! :)As agulhas você pode comprar uns Kits que vendem conjuntos de agulhas, o que será sempre útil para aquele botão que cai de última hora. O kit mais caro e completo que encontrei custa R$ 13,50.
As linhas que são sempre de cores variadas em qualquer armarinho de qualquer bairro, custam no máximo R$ 1,80 em novelos de 125 metros e R$ 0,90 com 40 metros. Pesquisei linhas de bordar, que são fortes, dão bom acabamento, já que o acabamento em feltro fica mais bonito por fora, sem serem demasiadamente grossas.
Para o enchimento se você optou pelo algodão, serve. Porém, o algodão deixa um aspecto mais grosseiro q a peça fica durinha, com o enchimento acrílico ou o dracalon as peças ficam mais fofas e leves, muito bom no caso de móbiles. O saco com 1 quilo, veja bem, um quilo deste material é muito material, custa no máximo R$ 12,00 em lojas de tecidos. Mas, olha só que barato, você pode ser ecológica além de economicae anti-alérgica comprando este material em fábricas de edredon, onde você estará comprando o descarte de material, reaproveitando-o.
Você precisará de uma tesoura além destes materiais e umas folhas de papel manteiga para os moldes. Com os itens acima você pode criar infinitas peças de artesanato em feltro! Abaixo anexei uma imagem e um molde de móbile que você pode fazer:Para este molde você precisará além do material listado acima de um pouco de fios de lã e linha de pesca, e se quiser também a ventosa.
Veja o molde:
Espero que este post te desperte uma vontade imensa de mergulhar no artesanato em feltro, usar sua criatividade e relaxar!
Patrícia Rosseto
Use os pontos de aplicação e alinhavo, tanto para a flor, quanto para a almofada.
Localizada na Rua Serra do Jairé, 597, no bairro do Belém, São Paulo, a sede da Cooperaacs é um grande galpão, onde materiais reciclados se misturam com a arte que surge no meio do lixo. O cheiro de tinta é característico, misturado com os perfumes dos incensos que o supersticioso coordenador e artesão-mestre Sandro Rodrigues gosta de espalhar pelo ambiente.
Bruna: Como e quando surgiu a Cooperaacs?
Sandro: Nosso trabalho se iniciou em 2004. No início éramos apenas conhecidos que gostávamos de trabalhar com arte e buscávamos uma fonte de renda que nos auxiliasse e ao mesmo tempo fosse um trabalho ambientalmente correto.
Bruna: Vocês sempre trabalharam neste galpão?
Sandro: Não, no começo eram nossas casas os nossos locais de trabalho. Mas aquilo foi crescendo e logo alugamos um outro galpão no Campo Limpo. Em 2006 viemos para cá (Belém).
Bruna: Quantas pessoas fazem parte do grupo?
Sandro: Varia muito. Na época em que fizemos “Uma aventura Quixotesca” trabalhamos com mais de 25 pessoas. Hoje, muitos saíram do grupo, por não conseguirem manter uma rotina de responsabilidade e trabalho, ou por ter entrando em outro ramo de trabalho. Hoje contamos com 14 colaboradores no total
Bruna: Qual foi a exposição que lhes renderam mais evidência na mídia?
Sandro: O trabalho feito anualmente da cenografia de Natal no Conjunto Nacional nos trouxe bastante evidência. Mas a exposição do Dom Quixote, em comemoração aos 400 anos do livro, com certeza, é o nosso trabalho mais famoso.
Bruna: E é também o que você se recorda com mais carinho?
Sandro: Tenho muito carinho por todos os materiais que fazemos, mas eu tenho guardado um boneco do menino Jesus, feito em resina reciclada, que fazia parte do Presépio que fizemos para o Natal de 2005 no Conjunto Nacional.
Bruna: Você, como artesão há mais de 10 anos, considera importante aprender o ofício antes de tentar se iniciar na reciclagem em grandes cooperativas como a Cooperaacs?
Sandro: Nosso trabalho é um processo demorado, que demanda técnica, por isso os cursos se fazem necessários. E não são todos que estão aptos a enfrentar a rotina da transformação do lixo. O material com que trabalhamos é agressivo, de baixa qualidade, por isso é importante terem pessoas qualificadas para extrair do rude a delicadeza.
Bruna: Qual a fonte de renda da Cooperaacs?
Sandro: A Cooperaacs não vende seu lixo para a transformação de novos insumos, mas sim recria esse lixo para a venda de decorações. Nós vendemos nossas exposições.
Também conversamos com Marcelo Santos Faria, colaborador da Cooperaacs.
Bruna: Há quanto tempo trabalha na Cooperaacs?
Marcelo: Estou na Cooperaacs há dois anos e meio. Entrei aqui a convite de um amigo que fazia parte do grupo na época.
Bruna: Você já havia trabalhado com artesanato antes de entrar na cooperativa?
Marcelo: Não, mas era catador de lixo. Desde que fiquei desempregado, há 07 anos, venho ganhando meu sustento pela coleta do lixo, mas não gostava do meu trabalho. Quando cheguei aqui minha vida mudou.
Bruna: E como ela mudou?
Marcelo: Eu era dependendo químico, alcoólatra, mas fazer parte da Cooperaacs me fez sentir útil, estar vivo. A convivência em grupo, as risadas, e a transformação daquilo que era “feio” se tornando belo, é mais ou menos como aconteceu em minha vida.
Bruna: Como você poderia descrever seu trabalho na Cooperaacs?
Marcelo: Acabo me confundindo entre trabalho e hobby. Já não sei mais diferenciar as duas coisas. Como eu disse, é uma grande satisfação ver a transformação do que era lixo em objetos tão belos. E ainda perceber a reação das pessoas quando descobrem que todos aqueles bonecos, cenários, são feitos do lixo, daquilo que seria descartado. Isso faz valer nosso trabalho.